Carrasco do Bahia na estreia do estadual já disputou a Libertadores

Alex marcou o gol que garantiu a vitória do Jequié na Fonte Nova

O gol marcado por ele acabou com um longo tabu. O Jequié voltou a vencer o Bahia após 53 anos graças à pontaria de Alex. Aos 10 minutos, ele aproveitou a falha da defesa tricolor e, de fora da área, estufou a rede da Fonte Nova. O lance determinou a vitória por 1×0 do Jipão na estreia do Campeonato Baiano.

“Fiquei muito feliz por ter feito o gol. É um momento que vai ficar marcado na minha história, na minha carreira, na história do clube e da cidade de Jequié, ainda mais por ter sido na Fonte Nova, um palco de Copa do Mundo, contra uma equipe que dispensa comentários. O Bahia é ainda mais conhecido agora por causa do Grupo City, tem uma camisa muito pesada. Eu estava preparado, trabalhei muito para viver aquele momento especial, que vai ser muito lembrado por mim e foi de extrema importância”, vibrou Alex.

Faro de centroavante para matar o jogo na única oportunidade que o time do interior teve. Depois de abrir o placar, o Jequié não conseguiu voltar ao ataque e Alex não foi mais acionado perto da meta adversária. No segundo tempo, o camisa 9 acabou substituído por Igor Bádio.

“Depois do gol a gente recuou um pouco, até por estratégia. Sabíamos que o Bahia iria agredir mais por ter tomado um gol tão cedo. Estrategicamente, a gente baixou um pouco as linhas para se resguardar mais um pouco e continuar com a estratégia do contra-ataque”, explicou o centroavante.

Enquanto esteve em campo, Alex ajudou o Jequié a administrar a manutenção do placar. Aos 33 anos, ele é um dos jogadores mais experientes do elenco. Não apenas pela idade, mas também pelo currículo.

Formado nas categorias de base do Grêmio, Alex foi vendido ao Partizan, da Sérvia, aos 18 anos. Depois de dois anos na Europa, retornou ao Brasil para o Fluminense, mas não entrou em campo pelo time carioca, que o emprestou ao Internacional. No Colorado, o atacante disputou a Série A do Brasileiro e viveu a experiência de integrar a equipe gaúcha na Libertadores de 2011.

“O treinador era Celso Roth e eu vivi um sonho naquele momento por estar ao lado de jogadores que dispensam comentários, como D’Alessandro, Guiñazú e Rafael Sóbis. A Libertadores foi uma experiência única que está guardada na minha memória. Eu fui muito feliz ali”, recordou Alex, que não chegou a entrar em campo no torneio internacional.

“Eu era muito jovem, tinha apenas 19 anos. Fui para o banco em alguns jogos, mas não tive a oportunidade de entrar, também porque eu era reserva do melhor centroavante do Brasil naquele momento, que era o Leandro Damião”, justificou.

Depois que saiu do Inter, Alex defendeu outros clubes brasileiros de menor representativa nacional, a exemplo de Tombense, América-RN, Botafogo-PB, Botafogo-SP e Monsoon-RS. Boa parte da carreira do centroavante foi construída no exterior. Além da Sérvia, ele jogou também na Arábia Saudita, Romênia, Portugal, Turquia, Indonésia e Malásia.

O Jequié é o primeiro clube da Bahia da carreira de Alex. Estreou bem no estadual e ganhou confiança para os próximos jogos.

“Foi uma vitória muito importante. Contra o Bahia, na Fonte Nova, é muito difícil. Os adversários que vão ali sempre vão encontrar muita dificuldade pela atmosfera que é, pela torcida que tem. Para nós do Jequié, esses três pontos foram de suma importância para dar mais confiança para o decorrer do campeonato. Agora é focar, pois temos um jogo importante diante da nossa torcida. Vamos nos concentrar novamente para fazermos um bom campeonato”, projetou.

O Jequié volta a campo no sábado (20), às 18h30, quando faz o primeiro jogo como mandante, contra o Barcelona de Ilhéus, no estádio Waldomiro Borges, em Jequié.

* Correio da Bahia

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